Acre
Livre da aftosa, Acre deve imunizar 3,3 milhões de animais em última etapa da campanha
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Livre de aftosa há quase 20 anos, o Acre deve fazer a última etapa de vacinação contra a doença a partir de 1º de novembro, quando devem ser imunizados 3,3 milhões de bovinos e bubalinos nos 22 municípios do estado. A informação foi confirmada pelo diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Rogério Melo.
A campanha ocorre duas vezes ao ano, mas a partir de 2020 deixa de ocorrer no estado. Melo explica que esse processo segue um cronograma do governo federal e o Acre está no primeiro bloco dos estados que devem deixar de vacinar o rebanho no ano que vem.
“Significa que em maio do ano que vem a gente não vacina mais. Devido à execução de um plano estratégico de erradicação da febre aftosa, que tem o objetivo de fazer com que todo o território nacional pare de vacinar e se torne uma zona livre de febre aftosa, sem vacinação”, explica.
De acordo com Melo, a intenção do governo federal é valorizar o produto. Ele afirma que a maioria dos países não quer comercializar com regiões que vacinam. “Eles [países] querem negociar com regiões que não vacinam e consigam, ainda assim, garantir a sanidade desse produto de origem animal.”
O diretor-presidente acrescenta que a vacina é uma medida preventiva. Segundo ele, o estado deve mostrar que consegue garantir a fiscalização e a educação sanitária necessária para se manter livre da aftosa sem precisar da vacina.
Melo diz ainda que o topo de ascensão dos comerciantes deste setor são aqueles que garantem a erradicação da doença sem precisar da vacina.
“O estado do Acre tem uma vantagem muito grande. Nós fazemos limite com o Peru e com a Bolívia, o Peru já é livre de vacinação há muito tempo e a Bolívia se tornou livre sem a vacinação”, conclui.